segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Igaratá, a princesinha das águas


Sabe daqueles lugares que a gente tem a impressão que se o Paraíso existe, você está nele ? Pois assim é Igaratá, as margens da Represa de Jaguari .
Os motivos para se visitar são muitos, no meu caso um convite do namorado de minha filha que há muito tempo queria que conhecêssemos a chácara de seus pais, que muito gentilmente nos receberam, o domingo de céu azul e um sol radiante pedia moto em vez do banco trazeiro de seu carro, deixando-os ir na frente fui eu e minha esposa na garupa de uma " Poderosa " entrestecida pelos inúmeros buracos até chegar a Rodovia Dutra, onde em seu habitat natural deslizava valente por entre os caminhões e ônibus até chegar a Rodovia Dom Pedro que dá acesso a Igaratá, esta quase vazia que nos proporcionou um prazer imenso em rodar tranquilos apreciando a bela vista .

Logo após passar o portal do condomínio já dava para apreciar a paisagem de perder o fôlego,
às águas da repreza misturava-se com a imensidão azul do céu e deixava-me extaziado diante de tanta beleza .

Para quem só vai visitar ou passar alguns dias tem atividades de sobra e muito a se explorar, por um instante senti saudades de minha antiga XLX 250, mais apropriada a rodar pelas inúmeras estradinhas que levavam às várias atrações do lugar como a Marina, à Hípica ou ao Restaurante Recanto das Águas, onde se pode saborear um delicioso prato de camarão especialidade da casa tendo como vista as águas da Represa brilhando sob o sol .

Numa rápida olhada no site da cidade pude ver que ainda temos muito a ver ( trocadilho horrível mas apropriado ) :

Represa do Jaguari
Própria para pesca submarina, passeios de barco, esportes náuticos, banhos e pesca. Possui vários tipos de peixes: tilápia, tucunaré, corimbatu, lambari e traíras. Fauna primitiva, composta por bugios (macacos), siriemas, tatus, preguiças, ouriços, gatos-do-mato, entre outros.
Acesso pela Rodovia Dom Pedro I, a 1 km da sede.
Prainha
Área de lazer, dá acesso à Represa do Jaguari. A 500 metros da sede.
Cachoeira do Ribeirão das Palmeiras
Distante 1 km da sede, está localizada em Área particular porém, oferece acesso ao público.
Morro Azul
Local mais alto do município, de onde se avista as cidades vizinhas. Distante 6 km do centro.
Velha Igaratá
Antiga sede do município submersa pela Represa do Jaguari, de onde pode ser avistada uma parte da Igreja Matriz. Distante 5 km da nova sede

Fonte : Igaratá Turismo ( www.explorevale.com.br )




Paranapiacaba num domingo de sol


Paranapiacaba é destas simpáticas cidadezinhas que faz-nos voltar inúmeras vezes, até mesmo pela proximidade e agora literalmente exercendo sua vocação turística, esta vila pertencente ao município de Santo André e encravada nas encostas da Serra do Mar tem motivos de sobra para se conhecer, a começar por sua estrada de acesso que agora está recebendo uma atenção especial, com seu asfalto sendo refeito e recebendo sinalizações novas tudo para receber os turistas que para ali se dirigem.
Com atividades de sobra como um tranquilo passeio pela Vila em estilo inglês ou para quem pratica esportes radicais uma visita a Paranapiacaba é tudo de bom.

E melhor ainda num domingo de sol acompanhado de amigos, no caso o Vecchi e sua esposa Laís, que buscava opurtunidade para colocar a Suzy na estrada, um antigo sonho realizado e nos privilegiou de compartilhar sua felicidade, o ronco macio da Boulevard C-1500 fazia parecer deslizar sobre a pista, misturando-se em beleza com a paisagem banhada pelo sol da tarde, eu acompanhado da esposa fazia a " Poderosa " não ficar para trás com uma tocada suave e cheia de entusiasmo .

Aniversário da Turma do Cachorro Loko

Estava muito em débito com minhas postagens, muitos deveres e pouco tempo, então pedindo desculpas aos leitores fieis, e aos novos amigos, vou tentar atualizar alguns últimos acontecimentos



Niver da Turma do Cachorro Loko em Agosto .

Dizem que agosto é mês de cachorro louco, e a data não poderia ser melhor, no fim do mês, a Turma do Cachorro Loko, um dos mais tradicionais Moto Clubes de Mauá comemorou seu aniversário, o local escolhido um maravilhoso parque na vizinha cidade de Ribeirão Pires, estava super bem preparada para receber os amigos, uma imensa área verde ao lado da represa, com área de camping foi cenário perfeito para receber muitos Moto Clubes alguns vindo de muito longe como o Motomania de Curitiba,

E como não poderia ser diferente o Águia Real esteve presente confraternizando com os irmãos da T. Cachorro Loko .

Ótima festa, ótima recepção e aguardamos ansiosos ao próximo ano ... Felicidades a todos que estiveram presentes .

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Dia do Motociclista


DEVIDO AO MAU TEMPO, TRANSFERIDO PARA 06/08/09 À PARTIR DAS 19:30 HS

Os motoristas comemoram seu dia em 25 de Julho, junto à São Cristóvão seu Santo Padroeiro, mas o que muita gente desconhece é que nós motociclistas também temos nosso dia a comemorar e nosso santo padroeiro, no caso uma santa, pois para nos proteger por estas estradas afora somente uma mãe a nos colocar sobre seu manto protetor, seu nome é Nossa Senhora Medianeira e nosso dia o 27 de Julho .

E esta data não passará em branco graças a alguns entusiastas, foi definido em reunião realizada ontem ( 22/07/09 ) e acertada que haverá um grande encontro na próxima quarta feira dia 29/07/09 no Ramos 29, cantina e restaurante situado na Av. Amazonas, 156 em Riacho Grande no munícipio de São Bernardo, com as presenças confirmadas de vários Moto Clubes espera-se uma grande quantidade pessoas e motos dando o pontapé inicial ao que se espera seja um ponto de encontro semanal aos moldes do Ibira Moto Point .

Entrevistando o Sr. Ramos de Oliveira, comerciante local e entusiasta do setor, envolvido muito tempo com encontros de carros antigos que ocorria no Paço Municipal, este fala entusiasmado sobre a criação do Memorial do Automóvel e Motos, que juntamente com a ANCV ( Associação Nacional de Colecionadores de Veículos ) daria sustentáculo para uma exposição permanente no local e a criação de um novo point de encontro entre os aficcionados ou simplesmente uma nova opção de encontro para rever e fazer novos amigos .

Outro membro importante o Sr. Reinaldo da TV e portal Riacho Grande ( www.tvriachogrande.net e www.riachogrande.net ) falava-nos da importância da criação do memorial e ponto de encontro visando além do ponto de encontro por si só, levar informação e a história muitas vezes esquecida de nossa industria automobilística e motociclistica nacional, através de exibição virtual no local de filmes relacionados e principalmente de nossa região que sempre foi um importante polo industrial do setor .

Então você que me lê, agende, na próxima quarta feira dia 29, a comemoração pelo dia do Motociclista com encontro a pártir das 19:00 hs, maiores informações através do email do Reinaldo reinaldo@riachogrande.net.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Niver do Vecchi na Praia Grande


Minha vida andou meio que num turbilhão nestes últimos meses, vários acontecimentos, mudanças, pessoais e profissionais,quem está acostumado a visitar este espaço deve ter estranhado a ausência , ocupado com montagem da nova loja da Summer,
vejam no site www.summerfoto.com.br e o outro blog www.summer-foto.blogspot.com , sem disponibilidade para minhas viagens não sobrou espaço para os " causos " de estrada .

A rotina da ausência foi quebrada em 21 / 06 e que só agora consigo postar aqui , com um bate volta a Praia Grande, domingo de sol, encontro pela manhã no local habitual e estrada . O motivo era nobre, nosso presidente ( Àguia Real MC )estava fazendo aniversário e um churrasco nos esperava na casa do Émerson, um dos integrantes . A descida da serra transcorreu sem incidentes, andava meio desacostumado a andar em grupo, visto que minhas viagens ultimamente estava sendo solo, o que sobrava mais espaço para curtir a paisagem e com mais paradas para fotos e conhecimento , em grupo era meio que uma turma em desabalada carreira seguindo um lider, mas tem o conveniente de se sentir seguro caso aconteça algo pois sempre terá alguém para ajudar ...

O grupo na chegada ao local teve o acréscimo de membros do MC Sem Destino, amigos novos que tive o prazer de conhecer ali, que souberam enriquecer com suas histórias de vivência neste interessante mundo do motociclismo e de motoclubes, ri com os comentários do Xeriffe , relembrando que ainda quero vê-lo de novo e desta vez com sua famosa Gaita, acordes de memória .


Babix , Filha do Èmerson ( Mascote do Águia Real )



Após o churrasco não poderia faltar o bolo,



Rodeado da filha e dos amigos o Vecchi assoprou uma vela improvisada



Marcando mais uma passagem, fazendo o que gosta, sentindo o ar da liberdade em forma de vento no rosto sobre uma moto, o que não fazia desde o pequeno incidente na viagem a Florianópolis num Moto Road que ficou marcado mais pela valentia em vir pilotando machucado do que realmente a alegria do passeio .


A mim, fica a ansiedade de atravessar bem este período de transição e voltar a conhecer cidades e lugares por este interior , transformá-los em " causos " e fotos .

Até a próxima !

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Viagem realizada em 17 a 21 de Abril de 2009



Aventura : O que pode ser perigoso, trazer medos, excitações ou segundo a Wikpédia experiências aventurescas podem criar uma estimulação psicológica e fisiológica, o que pode ser interpretado como negativo (por exemplo, medo) ou positiva (por exemplo, coragem), como o do estímulo em favor da performance, lei de Yerkes-Dodson. Para algumas pessoas, uma grande aventura é a busca de si mesmo. São normalmente realizadas para fins de lazer ou de excitação, tais como corridas de aventura ou turismo de aventura. No entanto, uma aventura pode gerar ganhos de conhecimento, como no caso dos inúmeros pioneiros que exploraram e a Terra e, nos últimos tempos, viajou para o espaço e para a lua. Como um exemplo mais moderno, a aventura proporciona mudanças que podem ensinar.

O homem sempre está em busca do novo, e nós motociclistas bem vivemos isso, pois cada kilômetro percorrido, cada nova curva é a aventura entrando em nossos poros com o vento .

Aqui um pouco desta aventura em imagens que acompanharam integrantes do Aguia Real em recente viagem á Florianópolis , o Moto Road evento que ali se realizaria era apenas pretexto, para rodar ...rodar ...rodar ...Nas curvas da Serra do Rio do Rastro ou estradas aparentemente sem fim fica a prazerosa sensação de liberdade e coragem .









terça-feira, 14 de abril de 2009

Paraty ... com emoção



Viagem realizada de 10 a 12/04/09

As vezes refazemos antigas escolhas, entramos em encruzilhadas, nos pegamos em curvas fechadas onde não há voltas para descobrir novos caminhos . As vezes buscamos felicidade eterna e duradoura, mas percebemos que a felicidade na realidade é feita de momento, situações e lugares como o vivido neste final de semana prolongado que eu pude definir como FElICIDADE .

Tudo começou meio que sem planejamento como todas as melhores viagens que fiz, só sabia que tinha um destino e um lugar, de resto tudo decidido após as 16 hs da quinta feira como reservas de pousada, estrada a percorrer, o que levar e a hora da partida, tudo teria que estar pronto na própria quinta, pois as sete da manhã da sexta-feira santa queria estar na estrada .

Graças a internet tudo ok e a manhã de sexta me esperava com o sol a iluminar meu rosto. Moto carregada, meu velho blusão , o colete do meu moto clube Aguia Real e a companhia da Valquíria que abraçou a idéia de cara, pois viajar sozinhos sempre foi sua preferência, pois em sua opinião ditamos nosso ritmo, paradas para fotos e lugares a se visitar, decidimos que para chegar a Paraty faríamos o caminho mais longo, pegando a Rio-Santos quase no começo, visto que desceríamos a Mogi-Bertioga e a partir dali a percorreríamos toda até Paraty.

A Moji-Bertioga por si só merece um parágrafo, pois especialmente nesta sexta-feira encontrava-se linda, com o sol iluminando a serra do mar, com suas curvas fechadas, fazia exatamente 25 anos que não rodava por ali, pois a ultima vez que passara tinha acabado de fazer 18 anos e rodava ainda na minha primeira moto, uma ML-125 que fora minha porta de entrada ao mundo de duas rodas... e estava bem diferente do que me lembrava, pois achei-a bem cuidada, bem sinalizada diferente de antes quando mato invadia as curvas deixando-a quase cega . Rodando extasiado com a paisagem vi um mirante o qual se vislumbrava uma queda d'água que descia por quase toda a serra,
parando a moto não pude deixar de ficar por alguns minutos a contemplar toda a beleza da natureza, embora distantes, com o silêncio, ouvíamos o barulho das águas a descer rápido. Após algumas fotos e descansados retomamos a marcha .

No trevo de Bertioga o transito estava completamente parado, cheguei a temer que estaria assim até Caraguá e Ubatuba,pois era feriado prolongado e um destino disputado,como nunca tinha ido para o litoral norte tudo era novidade para mim , e foi com alívio que o tráfego intenso se mostrou só por alguns kms, pois logo a estrada se mostrava tranquila exceto por alguns carros que vez ou outra nos cruzava ou ultrapassava-nos .

Começava para mim a Rio-Santos, aqui um comentário, todo motociclista deve ao menos uma vez viajar por ela, pois sem dúvida nenhuma é umas das mais belas estradas que já viajei, verdadeiros cartões postais a cada km percorrido, pois além de belas curvas, subidas e descidas travadas tínhamos quase sempre a companhia do mar azul, que sempre surgia por entre as árvores em imagens de tirar o fôlego, é uma estrada para quem não tem pressa, pois eu pilotava sempre com um olho na estrada e rápidas viradas de cabeça para abraçar com a visão a paisagem que se deslumbrava, senti muita falta de um comunicador, pois ficava gritando a toda hora para a Val, " olha isso, olha aquilo "...parecia um menino deslumbrado .

Nosso próximo ponto de parada para um breve descanso e fotos foi em São Sebastião,no pier da balsa que liga à Ilha Bela, não quisemos artravessá-la , mas agendando para um próximo passeio, pois o sol que nos acompanhava estava ameaçando nos deixar trocado por chuva, voltamos a " Poderosa " e seguimos viagem, ainda faltava muito para nosso destino, daí para a frente uma chuva fina começou a nos acompanhar até Caraguatatuba, via pelo canto dos olhos como o mar estava agitado com altas ondas a quebrar direto nas praias que costeavam a estrada, pouca gente na areia embora a chuva já tivesse passado à alguns kms atrás, seguimos tranquilo até Paraty que nos recebeu no meio da tarde com um solzinho ameno, eram pouco mais de 15:00 hs ,
paramos na entrada da cidade onde há um centro de informações ao turista, a pousada que reservara ficava ainda uns 20 km sentido Rio, combinamos que iríamos conhecer a cidade e jantar e somente após isso que iríamos para a pousada visto que no dia seguinte sairíamos cedo de escuna e pouco poderíamos aproveitar da cidade realmente.

Dizer que Paraty é linda é chover no molhado, com os encantos de uma aldeia antiga e charme internacional, Paraty, no Rio de Janeiro, coloca-se entre a imponência da Serra do Mar e uma baía de águas muito azuis, às vezes de um fascinante verde-esmeralda. Aqui vivem pessoas de todo mundo, integradas à natureza, às comunidades nativas e à história preservada. Belos sobrados, museus e igrejas compõem o Centro Histórico, um quadrilátero de 35 quarteirões considerado pela Unesco o conjunto arquitetônico mais harmonioso do séc. XVIII. Uma outra Paraty revela um patrimônio natural invejável com florestas nativas, rios e cachoeiras – dois terços de seu território integram o Parque Nacional da Serra da Bocaina – ilhas e uma infinidade de praias. seus casarões históricos é uma viagem ao passado, pois estão muito bem conservados, tombados pelo patrimônio histórico transformaram-se em pousadas, restaurantes e lojas de todo tipo, porém sem perder nehuma característica da época do Império, suas ruas são fechadas ao transito, também nem poderia pois o calçamento de pedra pé de moleque, pois nos lembra o doce de amendoim, é quase que impossível passar e " judia " por demais da moto ou do carro, tive que passar por um trexo delas até chegar ao estacionamento.

Começamos a passear pela cidade, que estava lotada de turistas de várias partes, brincando comentei que estávamos na Torre de Babel, pois escutava conversas em inglês, francês, castelhano e português, eram pessoas animadas clicando tudo que viam, comigo não era diferente, apontava minha máquina tentando levar o máximo possível de Paraty embora.

Um detalhe às moças, salto e bota não combina em nada com as ditas ruas mencionadas, o ideal é sandália pois andar pelas ruas requer paciência afim de não ter uma torção ou mesmo um salto quebrado o que pode trazer um mal humor terrível. E caso se percam de seus parceiros combinem antes um ponto, pois as ruas são muito parecidas e encontrar alguem pode se tornar uma brincadeira de esconde-esconde que dura muitos minutos .

Jantados e felizes com o que vimos e visitamos decidimos ir para a pousada, o relógio já mostrava mais de 21:00 hs, e tínhamos ainda 20 km para percorrer, agora acompanhados pela lua cheia e brilhante , a estrada era banhada por uma luz prateada que era somente interrompida pelo facho amarelado dos faróis da Poderosa, vinte minutos depois saíamos da rodovia pegando agora uma estradinha estreita que levava até a pousada, menos de dois km depois via a placa indicativa " Recanto das Águas " , que eu viria no dia seguinte ser o nome mais apropriado que alguem poderia criar para o lugar .

O estacionamento era uma clareira no meio da mata atlântica, alguns carros estacionados fazia eu ter a certeza que estava no lugar certo, ao desligar a moto só tinha a luz da lua a iluminar o caminho, pois as luzes estavam desligadas, o que tornava nossa emoção maior, pois urbanos que somos sentimos um certo desconforto com escuridão ( leia-se medo e pavor, e para ajudar no clima, rindo comecei a falar com a Val de cenas dos filmes do Jason ), o caminho levava até uma ponte sobre um rio, só escutávamos o barulho das águas marulhando entre as pedras, a lua iluminava a espuma branca que se formava, a ponte era estreita e balançava a medida que passávamos, carregados com os alforges cheios nos preocupávamos em não deixar cair nada, logo avistamos a luz da casa da proprietária, a simpática e prestativa Sra. Maria que nos recepcionou e conduziu-nos até a pousada, uma cabana ao lado do rio, pequena e confortável não é indicada para quem quer luxo de um hotel 5 estrelas, pois ali a proposta é outra, fazer você se sentir em contato puro com a natureza, misturando conforto e o rústico, no pequeno quarto somente a tv e o banheiro bem cuidado fazia nos lembrar tecnologia . Na pequena varanda uma rede fazia nos convite para ver a lua e escutar o som das águas da corredeira á apenas dez passos dali . O cansaço começava a dominar e após um banho desmaiamos pondo fim na nossa sexta-feira santa.

A manhã chegou a mim através do sol entrando pelas frestas da janela e o cantar dos pássaros fazendo coro com o som das águas, no site eles prometiam : paz, tranquilidade, canto de pássaros, cachoeiras como um anti-stress poderoso... promessa cumprida, pois era apenas sete da manhã e eu me encontrava revigorado e pronto para conhecer tudo, acordei a Val e saímos da cabana, não sem antes desfrutarmos um delicioso café da manhã que se encontrava na mesinha ao lado de fora a nos esperar arrumadinho. Bolo caseiro, café, leite, suco, doce, ainda fico com a boca molhada só de lembrar ao escrever estas linhas, a Val se encantava com o riacho que agora poderíamos ver na luz do dia, pequei a máquina e saímos a explorar as redondezas, o nome como dissera antes não poderia ser mais apropriado, pois ficava numa especie de ilha, já que a pousada é circundada pelas corredeiras que se dividiam no inicio e se junvam mais abaixo de onde estávamos hospedados, o único acesso ara a pequena ponte por onde passamos. Andar pela corredeira para quem não é acostumado pode ser perigoso, pois o limo das pedras é esgorregadio e a falta de prática e cuidado pode levar a uma queda como a que tive, por sorte sem maiores consequências a não ser o pulso muito dolorido pois no instinto da proteção afundara a mão dentro do rio virando-a. Duas horas de caminhada e era momento de voltarmos pois a escuna sairia no píer de Paraty as 11:00 hs, e ainda tínhamos que nos aprontar.

O caminho foi rápido e em menos de meia hora éramos recebido pelo Capitão Raul à frente do Andrômeda, uma escuna de dois mastros muito bem aparelhado para receber os visitantes, com simpaticos e atenciosos tripulantes que se mostraram muito prestativos especialmentes a nós , pois o passeio iria se mostrar um tormento para a Val conforme veremos a seguir .

A saída do porto foi anunciada pela apresentação do roteiro a ser visitado, com o som do motor roncando forte para ganhar o mar da bahia de Paraty, ao nosso lado várias escunas de tamanhos, cores e tipos diferentes saíam junto como uma procissão, me divertia vendo as gaivotas mergulhando em busca dos peixes, a voz do Capitão anunciava a vista da ilha do navegador Amir Klink com o Paraty II, seu barco famoso ancorado, que era seguido por comentários nossos e sons dos clicks das máquinas digitais. Em pouco tempo chegávamos a Praia Vermelha, a primeira das quatro paradas programadas, o barco ancorava a uns duzentros metros da areia, para quem sabia era vencido a nado, porém os tripulantes levavam de bote inflável até a margem aqueles que assim o preferiam . Eu tinha pego snorkel e máscara e sem pensar muito pelei da amurada, me senti afundar numa água morna, e após um instante de atrapalho cheguei sem maiores dificuldades até a praia. Após os quarenta minutos programados voltei a nado até o barco e o som da buzina anunciava que era hora de ir para a próxima parada. A partir dai começava o suplício da Val que enjoara, tudo que se via em desenhos animados ou filmes se repetia com ela, era triste vê-la completamente zonza e nada conseguia animá-la, o Capitão e os tripulantes preparavam remédios, comprimidos, mas tudo tinha um só destino terrível, o cheiro da comida que era preparado a bordo que para mim era delicioso para ela contribuía para o mal estar, eu ficava sem muito o que fazer a não ser me preocupar, uma senhora que viajava junto ao marido começou a energizá-la com Reiki ( Tanks ! ), que não sei se pelos comprimidos, pela palma da mão dela ou pelo cansaço fez com que adormecesse, trazendo um pouco de conforto, porém fazendo-a perder o espetáculo que seria a ilha seguinte. Quando mergulhei nadava entre cardumes de peixes coloridos de diferentes especies, chegavam curiosos com a cor da máscara de mergulho até tocar meu rosto, senti falta de uma máquina submarina, na próxima não esqueço .Mais duas paradas em ilhas diferentes e retornamos chegando ao cais já com o sol indo embora, pois faltava pouco para as dezoito horas, em terra firme a Val recuperava a cor e as forças, como não comera nada fomos jantar num simpático restaurante em frente a praça de entrada. Recebidos pelo atencioso garçon não foi dificil escolher o prato que era servido bem ao meu modo, em travessas abundantes de aspecto e gosto deliciosos, era semi final de campeonato estadual tanto em São Paulo como no Rio e as televisões ligadas nos jogos fazia todos ficarem festivos, inclusive o garçon que não parava de rir excitado conforme os gols iam saindo, foi com surpresa que paguei a conta pois imaginamos cidade turistica com preços exorbitantes e no entanto era bem atraente e de acordo com que costumo pagar aqui em minha cidade . Despedimo-nos e saímos para uma última volta a Paraty pois no dia seguinte iríamos ficar na pousada até meio dia e ir direto de volta sem passar pela cidade, quando num sobressalto questionei sobre a máquina fotográfica, diante da negativa da Val minha mente correu rápida até visualizá-la pendurada pela bolsa da Nikon na cadeira, voltei quase que correndo e ao olhar a cadeira vazia meu coração quase veio a boca, porém acalmado prontamente com um sorriso da dona do restaurante me apontando sobre o caixa a bolsa da máquina . Agradeci imensamente e retornei a Val e a estrada, o sábado ia embora, banho e cama .

Acordamos tarde e após arrumar tudo e nos despedirmos da Sra. Maria Aparecida demos uma última olhada no Recanto das Águas que tão bem nos acolheu nestes 3 dias, era meio dia e meia quando entramos na Santos-Rio, queria estar em Mauá antes da noite cair, por isso resolvi pegar um atalho subindo em Ubatuba através da Rodovia Osvaldo Cruz.

A Serra do Rio do Rastro é aqui, pois curvas fechadas em cotovelos onde ao entrar na curva era quase que possível ver a placa trazeira da moto. O trânsito estava totalmente parado com carros em fila indiana subindo em primeira marcha a cinco por hora, eu fazia algo que não gosto nada que era pilotar quase que na contra mão, mas não me sobrava alternativa a que subir colado à esquerda dos carros quase sobre a faixa da pista de descida, indo pouco mais rápido e com muita atenção na estrada, pois permanecer na velocidade dos carros significaria parar a moto em subidas a quase 45º de angulo. A estrada e a serra é linda mas não pudemos aproveitar nada devido a tensão do tráfego, ainda quero passar por ali em outra ocasião subindo tranquilo e podendo parar nos bolsões de escape, pois não existe acostamentos, a subida foi rápida diferentemente dos carros que ficaram para trás, ao termino me deparei com um trecho maravilhoso, de serras amareladas pelo entardecer, com vacas pastando nos morros verdes, logo chegamos a Taubaté e entramos na Dutra e Carvalho Pinto que estava com um trânsito " nervoso " com carros passando rápido afim de se chegar logo em casa, eu redobrava a atenção seguindo a direita do trafego intenso, até chegar próximo a Guararema onde toda a estrada voltava a ficar parada por conta dos pedágios, o corredor até chegar em São Paulo se mostrou uma perigosa mas melhor opção, a noite já caíra quando " meu cachorro me sorriu latindo ao me receber em meu portão ... eu voltei "

Serviço :

Para se hospedar em Paraty :
Pousada Recanto das Águas
http://www.recantodasaguasparaty.com.br/
Telefone : (24) 3371-0542 com Maria Aparecida

Passeio de Escuna :
Existem vários barcos todos saindo do porto a partir das dez da manhã com roteiros e serviços de bordos diferentes preço médio 35,00 por pessoa, pode-se alugar máscaras de mergulho e snorkel a bordo .
Eu recomendo o Andrômeda do Capital Raul
http://www.unatouredive.com.br/passeio.htm

Onde Comer :

Em cada esquina há um restaurante com várias opções e preços
Pela qualidade, atendimento e bom preço eu recomendo
Restaurante Caramujo
Rua Domingos Gonçalves de Abreu,139 - Centro histórico Paraty -
Em frente a Praça do Chafariz Fone ( 24 ) 3371-1913
www.guiaparaty.com.br/restaurantecaramujo

Mergulhos :
Una Dive
Cursos, batismos,aluguel de equipamentos, estação de recargas
www.unatouredive.com.br
Fone : ( 24 ) 3371-6188